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Tomar decisões racionais é mais difícil depois dos 65 anos

Dinheiro, saúde e política são áreas afetadas por escolhas erradas, indica estudo internacional com 135 pessoas

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Por Redação
Atualização:

O envelhecimento afeta a capacidade de fazer escolhas racionais, de acordo com um estudo publicado hoje na revista científica "Proceedings of the National Academy of Sciences" (PNAS).

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Foram analisadas 135 pessoas, com idade entre 12 e 90 anos. O objetivo era analisar a consistência das escolhas e as preferências de cada um diante de riscos conhecidos e desconhecidos. A investigação foi coordenada pela Universidade de Sydney, na Austrália, em parceria com as universidades Yale e de Nova York, nos EUA.

De acordo com os autores, idosos com 65 anos ou mais, inclusive os saudáveis, tomaram decisões "inconsistentes" em comparação a voluntários mais jovens, revelando uma perda nessa habilidade cognitiva  de forma semelhante a outros declínios funcionais relacionados à idade avançada.

Estudando como os idosos avaliam os riscos na hora de fazer escolhas, os pesquisadores identificaram um comportamento semelhante ao dos adolescentes. Assim, o trabalho propõe a existência de uma espécie de curva em formato de U invertido ao longo da vida das pessoas: os riscos são ignorados no início, levados em conta na idade adulta, e retornam ao primeiro estágio na terceira idade.

Segundo os autores, as decisões pouco racionais estavam relacionadas ao dinheiro, à saúde e à política. Por isso, idosos costumam assumir empréstimos com taxas de juros mais altas, podem falhar ao escolher planos de saúde adequados e estariam mais sujeitos a erros em votações.

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