29 de novembro de 2011 | 19h59
O Ministério da Cultura italiano assinou um acordo com a Unesco para buscar patrocínio privado internacional a fim de restaurar e preservar o sítio arqueológico de Pompeia, depois dos desabamentos de várias construções.
A Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco) se comprometeu, no documento, a buscar patrocinadores privados pra o Projeto Extraordinário e Urgente de Restauração e Conservação de Pompeia, explicou o embaixador e conselheiro italiano nessa agência da ONU, Francesco Caruso.
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O acordo, que tecnicamente será oficial nos próximos dias, também prevê que a Unesco colabore com seus especialistas na execução do plano de recuperação, e que ajude a elaborar um plano que supere os dez anos que contempla o projeto atual.
"Há aproximadamente 150 'domus' (casas) em perigo em Pompeia", advertiu Caruso. Desabamentos e diversos anos nos últimos anos chamaram a atenção para o problema. Alguns dos mais alardeados foram o desabamento, em 2010, de um dos muros do pátio da Casa do Moralista e da casa dos gladiadores, que datava do ano 62 d.C.
Para frear a deterioração da cidade romana engolida pela cinza vulcânica após a erupção do Vesúvio, em 79 d.C., o novo plano contra com 105 milhões de euros de fundos da União Europeia, mais 25 milhões que o governo italiano destina a cada ano à preservação do local.
As críticas à gestão do sítio arqueológico levaram à demissão em março passado do ministro italiano da Cultura, Sandro Bondi, que culpou as fortes chuvas pelos desabamentos. A oposição apontou a falta de investimento para conservação.
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