01 de outubro de 2012 | 20h59
Eles esperam que a técnica, que usa um processo chamado interferência do RNA para reduzir a atividade de certos genes, sem eliminá-los completamente, possa ser usada para controlar outras características das criações animais.
Como as mães amamentam cada vez menos, o leite de vaca ganha crescente importância como fonte de proteína para bebês, mas a composição diferente do produto pode provocar uma reação alérgica.
"Em países desenvolvidos, 2 a 3 por cento dos bebês são alérgicos a proteínas do leite de vaca no primeiro ano de vida", disseram os pesquisadores em um estudo publicado na revista Proceedings, da Academia Nacional de Ciências dos Estados Unidos.
Anower Jabed e seus colegas da empresa estatal AgResearch disseram que esse leite transgênico tem 96 por cento de redução da proteína beta-lactoglobulina (BLG), que causa reações alérgicas.
Embora existam processos industriais capazes de reduzir o potencial alérgico do leite normal, eles são caros e deixam um gosto amargo.
Outra técnica de manipulação genética, usando um processo chamado recombinação homóloga, pode teoricamente eliminar o gene que produz a BLG, ao invés de desativá-lo, mas os pesquisadores disseram que até agora isso não funcionou.
(Reportagem de Chris Wickham)
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