Vacina de H1N1 chega parcelada e prefeitura cria cota para postos

Número de doses é insuficiente para atender total de pessoas do grupo de risco que vai às unidades de saúde

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Por José Maria Tomazela
Atualização:

SOROCABA - Municípios do interior de São Paulo estão recebendo a vacina contra a gripe H1N1 para a campanha nacional de vacinação de forma parcelada. As quantias são insuficientes para atender o total de pessoas do grupo de risco que vai aos postos e muitas são obrigadas a retornar várias vezes. A vacina está sendo aplicada em crianças de seis meses a cinco anos, gestantes, mulheres no pós-parto e profissionais de saúde. A campanha vai até o próximo dia 20.

Em São João da Boa Vista, a prefeitura criou cotas para os postos a fim de evitar as filas excessivas. Em nove unidades de saúde, serão aplicadas 100 vacinas por dia. Outras três unidades terão apenas 50 doses diárias. A coordenadora da Vigilância Epidemiológica, Sandra Vilela de Oliveira, informou que esse racionamento é necessário porque a vacina está chegando em quantidade fracionadas. Além disso, os postos não podem dedicar-se exclusivamente à vacinação, pois outros atendimentos também são necessários. 

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A prefeitura de Cordeirópolis realizou vacinações no sábado e na quarta-feira, mas nas duas ocasiões a quantidade foi insuficiente. Muitas pessoas foram às unidade nos dois dias e não conseguiram ser vacinadas. Na tarde desta sexta-feira, o município esperava a chegada de um novo lote.

Em Votorantim, a vacinação também segue de forma truncada. Houve vacinação no sábado passado e no início da manhã de segunda-feira. A campanha foi retomada na quarta, mas a vacina acabou. A secretária de Saúde, Izilda de Moraes, informou que quase 50% do público-alvo foi vacinado e não vê risco de faltar vacina. “Estamos recebendo em lotes, mas ainda há tempo para cumprir a meta.”

Óbitos. Novas mortes pelo vírus H1N1 estão sendo confirmadas no interior. Com o resultado positivo dos exames de um empresário de 42 anos que morreu em abril, em Araçatuba, o número de óbitos registrado na região noroeste do Estado subiu para 39. A prefeitura de Marília também confirmou mais duas mortes pela gripe este ano - a cidade totaliza três óbitos confirmados e outros cinco à espera do resultado de exames. Nesta sexta-feira, 6, a prefeitura de Avaré confirmou a morte de duas mulheres por complicações da gripe H1N1. Até o dia 26 de abril, o Estado somava 149 óbitos pela H1N1, dos quais 81 na Grande São Paulo.

A Secretaria da Saúde do Estado informou que a compra e o envio de doses de vacina competem ao Ministério da Saúde e que o órgão tem destinado quantidades parciais ao Estado de São Paulo, afetando a logística de distribuição aos municípios. Até a quarta-feira, 4, São Paulo tinha recebido 82% da quantia necessária. Na manhã desta sexta-feira, 6, chegaram as doses restantes, que deverão ser distribuídas aos municípios a partir de segunda-feira, 9. Desde o início de abril, 7,6 milhões de pessoas foram imunizadas contra a gripe. O Ministério da Saúde confirmou que o Estado de São Paulo já recebeu o total das vacinas necessárias para a campanha, faltando ainda suas semanas para o término da vacinação.

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