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Vacina da Pfizer pode chegar ao Brasil até março; gelo seco é alternativa proposta para armazenar

Necessidade de manter imunizante em temperaturas muito baixas é desafio; análise preliminar mostrou eficácia de 90% do produto contra o novo coronavírus

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Por Roberta Jansen
Atualização:

RIO - A vacina desenvolvida pela Pfeizer contra a covid 19 deve estar disponível já para uso no Brasil no 1º trimestre do ano que vem, segundo o presidente da farmacêutica no País, Carlos Murillo. Segundo ele, as negociações com o governo brasileiro estão avançadas e a farmacêutica apresentou uma solução parcial para o problema logístico de armazenamento e distribuição da vacina. O imunizante demanda um armazenamento a temperaturas de – 70 graus celsius, o que poderia inviabilizar o seu uso no País.

Segundo o executivo, já foi apresentada ao governo brasileiro uma embalagem especial, com gelo seco, capaz de manter o imunizante na temperatura correta durante 15 dias. Após o descongelamento, o produto se mantém estável por mais cinco dias em refrigeradores comuns. “Ou seja, do momento em que o produto chega ao País até ser aplicado seriam 20 dias”, disse Murillo, em evento online na tarde desta quinta-feira, 12, na Academia Nacional de Medicina sobre imunizantes em desenvolvimento.

Segundo a Pfizer, pedido de autorização de uso emergencial da vacina contra a covid-19 produzida em parceria com a BioNTech deve ser enviado às autoridades americanas nos próximos dias Foto: Dado Ruvic/Reuters

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“Não é simples, não resolve toda a logística, mas muda muito o esquema de pensar em ter um freezer de baixas temperaturas em cada centro de vacinação", acrescentou Murillo. A vacina desenvolvida pela Pfizer e a empresa de biotecnologia BioNTech apresentou eficácia de mais de 90% em proteger as pessoas contra o novo coronavírus na comparação com um placebo, conforme análise preliminar  divulgada esta semana, feita por um comitê de monitoramento independente do ensaio clínico.

O presidente da Pfeizer disse que a empresa investiu US$ 2 bilhões (cerca de R$ 10,9 bilhões) no desenvolvimento da nova vacina. A farmacêutica não revelou os preços que cobrará por cada dose, mas Murillo afirmou que a empresa está praticando três valores: um para Estados Unidos e Europa, outro para países em desenvolvimento como o Brasil e um terceiro para países subdesenvolvidos.

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