Zika vírus mata três pessoas na Venezuela

Ao todo, o país teve 5.221 notificações, enquanto o vizinho Equador registra 50 casos; Austrália tem grávida com a doença

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Por Redação
Atualização:

SÃO PAULO - A Venezuela confirmou a morte de três pessoas por zika e mais 319 casos de infecção pelo vírus, de acordo com um boletim da agência de notícias Reuters. Segundo o presidente Nicolás Maduro, em um relatório do dia 8 de fevereiro, foram contabilizados 5.221 notificações. “Lamentavelmente, 68 sofreram complicações e lamentavelmente tivemos três mortes em nível nacional”, afirmou Maduro, na noite desta quinta-feira, 12, em uma transmissão do canal estatal de televisão.

Ele acrescentou que os medicamentos para tratar a doença estão garantidos com o apoio da Índia, de Cuba, China, Irã e Brasil. As autoridades venezuelanas também detectaram 255 casos da Síndrome de Guillain-Barré, que ataca o sistema nervoso e, em alguns casos, pode ocasionar paralisias ou fraqueza muscular e está relacionado com o zika vírus, segundo informou nesta sexta-feira, 12, a ministra da Saúde, Luisana Mela. 

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“Para o dia de ontem tínhamos registrados 255 pacientes com Síndrome de Guillain-Barré, e desses há 55 que estão na unidade de tratamento intensiva”, disse também em transmissão na TV estatal. No entanto, segundo ela, três de cada quatro pessoas que contraem o vírus têm um quadro assintomático e não reportam a doença, por isso que o número de casos pode ser muito superior.

A ministra informou que foi desenhado “um plano de abordagem com atividades de promoção e prevenção desdobrado por todo o país e no qual participam todos os atores que intervêm no tema da saúde”. Serão empregados, disse, cerca de 70 mil litros de inseticida para fumegar “todos os cantos do território nacional”, como parte do plano de prevenção do zika, assim como da dengue e da chikungunya, três doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti.

Equador. No país vizinho, 50 pessoas sendo que 26 homens e 24 mulheres, duas delas grávidas, foram diagnosticadas com o zika vírus, conformo um relatório do Ministério da Saúde do Equador. Segundo a pasta, 16 desses casos são de cidadãos que viajaram ao exterior. 

A província de Manabí é a que registra mais casos: 18 no total, um deles importado. Das duas grávidas que foram diagnosticadas com a doença, uma é de Galápagos e está com 17 semanas de gestação, e a outra é da província de Los Ríos e está com 27 semanas. O Ministério da Saúde afirmou que elas “estão sendo acompanhadas de perto para detectar possíveis complicações”.

Os 12 casos confirmados na capital do país, Quito, são de pessoas que viajaram à Colômbia. De acordo com o órgão, dos 50 casos, 39 foram confirmados em laboratório e 11 foram considerados positivos para o vírus por nexo epidemiológico (presumidos).

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O mosquito 'Aedes aegypti' é transmissor do zika, da dengue e da chikungunya Foto: James Gathany/CDC/AP

Austrália. Já segundo a agência EFE, uma gestante que voltou recentemente de viagem foi diagnosticada com o zika, no Estado de Victoria, ao sul do país. A secretária de Saúde, Jill Hennesy, explicou que a paciente não representa risco de saúde pública. 

“Meu departamento fará absolutamente todo o possível para garantir que esta mulher receba todo o apoio e todo o cuidado necessário durante este período difícil”, afirmou durante uma coletiva. Este novo caso se soma a outros três detectados em 2016 no Estado de Queensland, na região nordeste da Austrália, entre os quais também havia uma grávida. O país não está na lista de nações atingidas pelo surto da doença transmitida pelo Aedes aegypti. /EFE e REUTERS