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Surto de caxumba no Rio superlota postos de vacinação e clínicas

Colégios anteciparam as férias para evitar novos contágios; quem manteve as aulas optou por desligar aparelhos de ar-condicionado

Por Roberta Pennafort
Atualização:

RIO - O surto de caxumba no Rio superlotou ontem os postos de vacinação e clínicas particulares. No Hospital Lourenço Jorge, na Barra da Tijuca, na zona oeste, a espera para tomar a vacina que protege da doença chegava a duas horas no início da tarde. Na fila, estavam alunos das duas escolas que concentram os casos da região: o pH, com 44 casos suspeitos e um óbito, e o CEI, que chegou a ter 20 registros e, agora, soma quatro.

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No pH, as férias foram antecipadas em uma semana, para evitar contágios. Os estudantes só voltam em agosto. “Está todo mundo apavorado. Na minha turma tem 40 alunos e hoje só foram cinco. A aula de Português foi na quadra de esportes, por ser aberta”, contou Kayan Abate, de 13 anos. Ele conhecia de vista Juliana Guedes, de 14, que morreu na terça-feira de meningite viral - quadro que pode ter ligação com a caxumba.

“Caxumba nunca foi uma doença que me preocupasse, mas, quando morre uma menina do mesmo colégio, vem o pânico”, disse a mãe dele, a fisioterapeuta Magali Abate, de 38 anos, que levou para vacinar também a filha de 11 anos. Ambos, imunizados quando bebês, foram receber doses de reforço.

O Estado conversou com diretores dos colégios pH, CEI, Andrews e Santo Inácio - os dois últimos, respectivamente, com seis e dez casos. Eles informaram que, para coibir a disseminação do vírus, transmitido por secreções contaminadas, vêm mantendo aparelhos de ar-condicionado desligados e janelas e portas das salas abertas. Também orientam os alunos a não dividir copos e objetos. O Rio registrou 606 casos desde janeiro, ante 561 de todo o ano de 2014.

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