28 de maio de 2020 | 05h00
O governo de São Paulo anunciou nesta quarta-feira, 27, um plano para liberação gradual da atividade econômica no Estado. Para isso, montou um planejamento em etapas, no qual são levados em consideração fatores como indicadores de novas infecções e ocupação da rede hospitalar. O Estadão separou respostas para algumas perguntas comuns sobre o assunto. Veja:
Ocorrerá uma reabertura dividida em cinco etapas. O Estado foi dividido em 18 regiões e a primeira fase, vermelha, é de alerta máximo, com funcionamento apenas de serviços essenciais. A fase dois (laranja) é de controle, de atenção, ainda com medidas restritivas, mas onde já é possível iniciar a flexibilização de alguns setores, como atividades imobiliárias, concessionárias, escritórios, comércios e shoppings centers. Na fase três (amarela), é possível reabertura de bares, restaurantes e salões de beleza, mas ainda com restrições de horário e fluxo de clientes, somados aos da fase dois. Na fase quatro (verde), haverá um nível de abertura maior, incluindo academias, mas ainda com restrições. E a fase cinco, chamada de "o novo normal controlado", traz a liberação total, mas com medidas de higiene.
A flexibilização vai levar em conta a capacidade do sistema de saúde, com a taxa de ocupação de leitos de UTI e o número de leitos por 100 mil habitantes, além da evolução da epidemia, com números de casos, internações e óbitos. Segundo o governo, uma região só poderá passar a um maior relaxamento após 14 dias da mudança de fase, mantendo os indicadores de saúde estáveis por um período completo de incubação.
A proposta anunciada nesta quarta autoriza o início do processo de reabertura em 583 das 645 cidades do Estado. Ficaram de fora as regiões do Vale do Ribeira, da Baixada Santista e a Grande São Paulo, com exceção da capital, que ainda devem continuar com restrição total porque, para as autoridades de saúde, ainda não têm condições de reabertura.
Entenda no infográfico abaixo como o plano afeta cada setor.
Leia aqui o que o protocolo para cada setor prevê em relação a medidas preventivas. O uso de máscaras segue obrigatório em todo o Estado.
O governo diz que uma região pode ser reavaliada para fases mais restritas se não atender aos critérios (uma região pode passar da fase 3 para a 1 se tiver uma piora considerável em seus indicadores).
A retomada de aulas presenciais no setor de educação e o retorno da capacidade total das frotas de transportes seguem sem previsão.
A proposta de iniciar a reabertura dos comércios no Estado de São Paulo, sem a clareza de que estamos em uma curva descendente de infecções, é arriscada, segundo especialistas ouvidos pelo Estadão. Além disso, pode desperdiçar os resultados do isolamento social obtidos durante a quarentena. Leia aqui.
Já os setores econômicos aprovaram a flexibilização da quarentena, mas fizeram cobranças para a retomada das atividades. Segundo representantes, há detalhes que não foram esclarecidos no plano divulgado pelo governador João Doria (PSDB), na última quarta-feira. Leia aqui. /Bruno Ribeiro, Pedro Venceslau, Paloma Cotes, Mariana Hallal, João Prata, Felipe Resk, Ludmila Honorato e Guilherme Amaro
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