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USP confirma primeiro caso de coronavírus

Reitoria da universidade está levantando histórico de circulação do aluno; atividades do Departamento de Geografia foram suspensas

Por Isabela Palhares
Atualização:
Universidade de São Paulo (USP) Foto: Nilton Fukuda/Estadão

SÃO PAULO - A Universidade de São Paulo (USP) confirmou nesta quarta-feira, 11, o primeiro caso de coronavírus em um de seus estudantes. As aulas no Departamento de Geografia, onde o aluno infectado estuda, foram suspensas após a confirmação.  

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Em nota, a USP informou que o aluno foi infectado pela parceira que viajou à Itália. A mulher não faz parte da comunidade universitária. A unidade de vigilância em saúde do Butantã está fazendo o acompanhamento das pessoas que tiveram contato mais próximo com o estudante (contactantes) e que não apresentaram nenhum sintoma da doença até o momento.

A universidade disse ainda que manterá as atividades didáticas e administrativas em todas as suas unidades de ensino e pesquisa, conforme orientação das autoridades sanitárias estadual e federal. Segundo a nota, a decisão de suspensão das aulas na Geografia nesta quarta foi "unilateral" e somente para este dia. A Reitoria disse que só vai suspender as atividades se houver uma recomendação do Ministério da Saúde. 

A Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH), da USP, informou que está levantando o histórico de circulação pelo câmpus do estudante confirmado com coronavírus. Cerca de 105 mil pessoas frequentam diariamente a universidade, entre alunos, professores e funcionários. 

O estudante está no 1º ano do curso, que iniciou o semestre letivo nesta segunda-feira, 9. Esse foi o único caso confirmado de coronavírus na USP, que já investigou outros casos suspeitos, mas foram todos descartados. 

Comitê de monitoramento

Depois da confirmação do caso de coronavírus no estudantes, a USP informou que vai criar um comitê permanente para acompanhar a evolução da presença do vírus entre alunos, professores e servidores em todos os campus. O grupo é formado por profissionais do Hospital Universitário e representantes da secretaria estadual de Saúde.

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A Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e a Universidade Estadual Pauliosta (Unesp) também montaram comitês para acompanhar a situação em seus campus e para elaborar planos de contingência caso seja necessário suspender as atividades. 

A situação das universidades é considerada mais sensível do que a de escolas pela grande mobilidade de professores e alunos

Escolas

Duas escolas particulares de São Paulo já tiveram casos confirmados de coronavírus entre seus alunos. Um deles no colégio Bandeirantes, que manteve as atividades normalmente, e outro no colégio Avenues que suspendeu as aulas por uma semana. 

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Ainda nesta quarta, logo após a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarar pandemia do novo coronavírus, o ministro da Educação, Abraham Weintraub, disse que as instituições de ensino precisam se planejar para algumas medidas emergenciais pontuais. Ele cogitou a possibilidade de antecipação das férias escolares e aconselhou universidades e institutos de ensino a organizar trabalho remoto dos seus funcionários.

"(Vamos) deixar muito com os gestores a flexibilidade de adaptar e mandar sugestões (ao ministério), como mudar as férias. Pensem em um cenário de contingência. Esta é a melhor solução", disse.  

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